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Como iniciar o processo de introdução alimentar?

Aos seis meses de vida os bebês já atingem um novo patamar de vida, já possuem certa autonomia e maturidade que a idade exige, dentro desses novos desafios temos a fase da introdução alimentar. Mas, o que é a introdução alimentar?

Esse termo é muito usado no mundo da maternidade para caracterizar a chegada de novos alimentos ou seja o bebê deixa de se alimentar só de leite materno, apesar do aleitamento continuar até os dois anos de idade.

Essa fase exige muita cautela, paciência e criatividade para tornar esse momento único e divertido. Hoje, vamos conhecer três tipos de introdução alimentar, como iniciar e o que considerar na hora de apresentar os alimentos ao seu bebê.

Vamos lá?

Como deve ser feita a introdução alimentar?

Particularmente eu amo falar sobre esses assuntos que envolvem coisas novas, ainda mais para bebês, mas como eu disse é necessário paciência nesse processo, pois a criança pode recusar o alimento ou estranhar. No início é super normal que isso aconteça, visto que se trata de uma nova experiência para eles, é importante respeitar e voltar a oferecer novamente em uma outra ocasião.

O que deve ser oferecido?

Segundo a OMS- Organização Mundial da Saúde e alguns pediatras especialistas orientam o preparo de um cardápio rico em nutrientes contendo alimentos dos quatro grupos alimentares. A junção desses alimentos traz sustento, energia e vitalidade para os bebês.

Apenas aos oito meses é permitido a ingestão de derivados como peixes e ovos, dessa forma a criança cria tolerância a bactérias e possíveis alergias.Obviamente, alimentos enlatados, frituras e gorduras devem ser evitados até os dois anos de vida.

Hora da refeição:

Esse é o momento mais importante depois do preparo, é a hora da apresentação do cardápio para o bebê, é aqui que pode haver a recusa do alimento. Mas, as mamães devem ter paciência e preparar um lugar calmo e tranquilo para a hora da refeição. 

Evitar telas é outra recomendação dos pediatras, pois prejudica a atenção plena aos alimentos, esse momento deve ser de descoberta, além de muito prazeroso para a criança. Em nosso Blog – Associação Guadalupe  falamos da importância de criar uma rotina, então estabeleça um horário para as refeições. Garanto que vai ajudar.

Rotina alimentar

 A introdução alimentar deve começar com a oferta de duas sopinhas de fruta e uma papa de legumes diariamente durante o primeiro mês. A papa de legumes deve conter um alimento de cada grupo alimentar:

  • Hortaliças (folhas verdes, abóbora, beterraba, quiabo, tomate, cenoura etc.)
  • Cereais e tubérculos (arroz, batata-doce, batata, inhame, macarrão, aipim etc.);
  • Carnes e ovos (frango, peixe, boi, pato, vísceras ou miúdos, codorna, ovos etc.);
  • Grãos (feijão, lentilha, soja, ervilha, grão-de-bico etc.).

A alimentação deve ser variada, por isso é interessante oferecer diferentes opções a cada dia. Se um dia a hortaliça foi representada pela cenoura, tente outra no dia seguinte. O mesmo vale para as papas de frutas do mesmo dia: se pela manhã foi abacate, opte por outra à tarde ou à noite.

No início, a consistência da comida deve ser pastosa e ir se solidificando gradativamente. Não é necessário o uso de peneira, basta amassar os alimentos com um garfo. Logo após o primeiro mês de introdução, os pais podem deixar pequenos pedaços sólidos na papa para estimular a mastigação. Perto do primeiro ano de vida, a criança já pode comer a refeição básica da família.

“Não se recomenda bater os alimentos no liquidificador para não deixar a comida muito fina nem misturar os grupos, para permitir que a criança experimente novas texturas e sabores e aprenda a mastigar. É fundamental que ela tenha uma discriminação do sabor dos alimentos e movimentos de mastigação”, afirma o pediatra. Ou seja, cada grupo deve ser amassado, mas colocados em porções separadas no prato, sem formar uma única papa.

Além disso, lembre-se de oferecer água filtrada e fervida nos intervalos das refeições. Também é importante oferecer duas frutas diferentes por dia. As refeições podem ser feitas conforme os horários da família, conforme nos falamos lá no blog Dicas para rotina noturna do bebê estabeleça os horários, mas é preciso respeitar o apetite da criança e saber diferenciar sinais de fome de outros desconfortos, como sede ou sono, por exemplo.

AUMENTANDO O APETITE DO SEU BEBÊ

Falando em apetite, como será que podemos aumentar a vontade de comer dos nossos pequenos? Apesar de termos que respeitar a falta de apetite, é mega importante que a mamãe ou o papai continue estimulando a criança a comer bem e saudável, então, vamos descobrir como podemos contribuir com o bem-estar das crianças?

Destacamos todo o processo da introdução alimentar desde o que deve ser oferecido até a hora da refeição, para aumentar o apetite da criança é importante adotar algumas estratégias de participação. Como assim? 

Para prepararmos uma refeição equilibrada e saudável precisamos ir às compras e que tal levar o bebê ou criança junto? Deve-se incluir a criança em todo o processo de alimentação, mostrar as variedades que existem no mercado, essa ação pode despertar a curiosidade e prazer de provar o alimento. Outras estratégias podem ser tomadas, como: 

  1. Definir as refeições do dia com a criança:

O bom da introdução é o pratinho do bebê, o colorido, as variedades e os desenhos que podemos fazer com os alimentos, enfeitando os pratinhos. Mais legal ainda é quando nossas crianças participam desse momento.

  1. Comer na hora certa:

Rotina, rotina e rotina! Nessa últimas matérias apontamos bem nessa tecla de rotina e horários e cá estamos nós novamente, porque de fato esse assunto é importante. 

Ter os horários das refeições definidas é crucial para que o organismo da criança se adeque aquele momento e sinta fome na hora certa.

  1. Não encher muito o prato:

As crianças não precisam ter o prato muito cheio de comida, porque basta pequenas quantidades de cada alimento para se manter nutrida e saudável. Além disso, nem todas as crianças têm o mesmo apetite e, é normal a criança entre os 2 e os 6 anos ter menos apetite, pois esta é uma fase de crescimento mais lenta.

  1. Comer juntos: 

Comer juntos é exemplo para os nossos pequenos, pois mostra a eles o quanto a hora da refeição deve ser valorizada, mostrando gosto pelos alimentos.

  1. Comer fora:

Uma vez por mês pode ser perfeito para uma refeição fora da rotina, no quintal de casa, um piquenique ou churrasco, é diversão na certa.

  1. Oferecer alimentos que a criança goste:

E por fim, mas não menos importante temos a opção que provavelmente a maioria dos papais colocam em prática- oferecer alimentos que o bebê ou criança gosta e com toda certeza o êxito nessa estratégia é de 100%.

É orientado dar suplemento para aumentar o apetite da criança?

Para esclarecer essa dúvida frequente o Dr. Luisio de Oliveira diz:

Eu desaconselho a prescrição de estimulantes de apetite. Eles representam um grande risco à saúde das crianças. Muitos pais lançam mão desse medicamento, por ser uma forma rápida e prática de garantir que seus filhos se alimentem e ganhem peso. Todavia, essa prática não é saudável para o organismo deles.”

Nós que somos mamães sempre prezamos pelo bem dos nossos bebês, então optamos pelo modo tradicional de educar a alimentação deles, não é mesmo? Me conta aqui como é a rotina de introdução alimentar por aí: 

Até a próxima!