Atualmente, muito tem se falado sobre a maternidade real referindo-se às demandas e preocupações quando se é mãe e desmistificando a romantização em sofrer na maternidade.
De fato ser mãe às vezes pode ser uma trajetória solitária e bem desafiadora, principalmente no início, esse artigo tem a finalidade de criar um senso de reflexão e acolhimento.
Como dito anteriormente, a maternidade é por muitas vezes romantizada, consequentemente muitos mitos surgem acerca dessa jornada que é ser mãe.
A sociedade e a maternidade
A romantização a que me refiro vem de anúncios e outdoors de famílias felizes sem preocupações ou dificuldades, o que de fato indica algo fora da realidade. Isso porque, a sociedade não vê o grande papel que uma mãe executa nos primeiros meses de vida do seu bebê.
Em diversas situações precisam reduzir a carga horária de trabalho para dedicar tempo aos seus filhos e infelizmente acabam sendo incompreendidas e criticadas, nesse mesmo sentido a ampliação da licença maternidade é vista como prejuízo econômico e profissional.
Os pais cumprem com poucos dias de licença paternidade o que dificulta em todo o processo gerando pouca participação no crescimento do bebê e ao mesmo tempo em ajudar a mamãe nessa nova missão, tornando-se uma vida solitária e complicada.
Depressão pós parto
Também conhecida como DPP, a depressão pós parto é muito recorrente nos dias atuais por motivos de solidão, incapacidade, tristeza e desamparo. Infelizmente, muitas mamães de primeira viagem lidam com esses sentimentos, após compreender que um outro alguém depende dela e o quão isso pode ser intenso nos primeiros meses.
A ideia da romantização dito no início do artigo é um fator contribuinte para a DPP passando uma imagem distorcida da maternidade em relação à realidade. Fronteiras psíquicas também estão envolvidas, por trazerem à tona momentos passados que estavam esquecidos.
Solidão na maternidade
Historicamente, as mulheres sempre tiveram o hábito de terem seus bebês em grupos, da mesma forma a criação sempre teve participação de outro grupos de mães, vizinhas e outras crianças, a vida na cidade afastou esse costume criado por povoados passados, resultando na solidão.
Considerando que inicialmente uma mulher que tenha se tornado mãe precisa de amparo, ajuda e cuidado, muitas vezes esse alguém que a ajude estará ausente. Devido ao pouco tempo de licença paternidade, muitas mulheres se sentem sozinhas.
Portanto, observa-se que sobre essa visão real da maternidade é necessário mais valorização, para que assim as mamães reconheçam seu papel e se encontrem como mães, aí de fato de forma saudável para ela e o bebê.