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Abril Azul: conscientização do autismo

No dia 02 de Abril de 2007 foi criado e decretado pela ONU (Organizações das Nações Unidas) o Dia Mundial da Conscientização do Autismo. Atualmente, muito se é falado sobre o Espectro Autista devido a um duro trabalho de conscientização, mas nem sempre foi assim.

O que é o Transtorno do Espectro Autista?

O TEA -Transtorno do Espectro Autista é uma condição que caracteriza o comprometimento da comunicação e interação social, associado a padrões de comportamento restritivos e repetitivos.

Os sinais do TEA aparecem na primeira infância e persistem até a vida adulta, a doença acomete cerca de até 2% da população sendo a maior prevalência no sexo masculino, as causas para o TEA podem estar associadas a genética e aspectos ambientais.

Por que conscientizar sobre o autismo?

A muitos anos diversas pessoas sofriam com possíveis “atrasos” na fala, no convívio social e até nas salas de aula, e nem imaginávamos que poderiam ser sinais do TEA. 

Esse cenário foi tão real, que hoje devido ao trabalho da conscientização temos relatos de pessoas que descobriram o TEA aos 30, 40 e 50 anos. Chocante né? Pessoas que por anos se culparam por sentirem e agirem diferentes sem saber que sofriam da doença.

Contudo, nota-se apenas com esses relatos a importância da conscientização do autismo. Outro ponto importante que nos leva a conscientizar, é que dia após dia os laudos de autismo crescem na população brasileira, e precisamos estar prontos e capacitados para lidar com esse déficit.

Principalmente, pais e educadores que trabalham constantemente com os pequenos. 

Como observar os primeiros sinais de autismo?

Como dito anteriormente, o Transtorno do Espectro Autista é caracterizado pelo atraso na comunicação e interação social, então consequentemente os primeiros sinais têm tudo haver com isso. Vamos conferir?

  • Dificuldade de estabelecer contato visual. O olhar é extremamente importante para demonstrar o vínculo materno. Por exemplo, é preciso ficar atento ao perceber que a criança não se conecta pelo olhar com a mãe enquanto está sendo amamentada;
  • Dificuldade de estabelecer contato físico. A partir dos 8 meses, a criança costuma estranhar quem não é do seu convívio, demonstrando um desconforto. Caso a criança apresente um comportamento diferente, é melhor desconfiar;
  • Atraso no aparecimento da fala. Geralmente, uma criança de um ano e meio já consegue pronunciar em torno de 6 a 10 palavras;
  • Dificuldades para brincar: é um sinal de TEA quando a criança não demonstra interesse em brincar com outras crianças da mesma idade que ela;
  • Hipersensibilidade, medo ou irritabilidade a certos sons. As crianças com TEA tendem a apresentar uma sensibilidade sensorial, causando um estranhamento excessivo com sons, texturas e sabores que ela desconhece.

Esses são alguns sinais que a criança pode apresentar ao longo da sua infância, se for portadora do Espectro, mas nada dispensa a avaliação de um médico especialista. 

07 comportamentos para lidar com o TEA:

A maternidade em si já é um grande desafio, como sempre falamos aqui no BLOG, quando descobrimos que nosso filho (a) pode ser alvo do TEA o desafio aumenta. Por isso é tão importante o trabalho da conscientização, para que cada dia mais esse assunto continue ganhando visibilidade e sejamos bem capacitados para lidar com o Espectro.

Contudo, algumas estratégias são abordados em escolas, palestras e oficinas para orientar e guiar os papais e educadores em como lidar com o autismo, são elas:

1. Cuidado com o toque e as palavras: normalmente os autistas são hipersensíveis a toques e super ligados em cada palavra que dizemos, então é muito importante que tenhamos cuidado nas palavras, principalmente se não conhecemos a criança e esse é o primeiro contato, tenha delicadeza e cuidado.

2. Estimule interação social: do contrário do que muitos pensam o autista precisa estar em convívio social com a sociedade, tal ação pode ajudar no desenvolvimento cognitivo, intelectual e emocional da criança. Dessa forma, sempre que for necessário ele (a) se comunique com adultos e crianças.

3. Imponha limites: como qualquer criança em desenvolvimento, nós precisamos impor regras e combinados em momentos que o pequeno apresenta certa rebeldia. Os autistas, geralmente, têm mais dificuldade em seguir regras e combinados, então é muito importante que os papais e mamães já venham impondo esses limites.

4. Seja criativo: ter uma criança atípica exige muita criatividade, para que assim possam se desenvolver e apresentar resultados. Então, muitas vezes as atividades de lazer e escolares precisam ser adaptadas.

5. Não exclua: excluir é um dos piores comportamentos que podemos ter, dessa forma devemos sempre priorizar a inclusão.

6. Mostre possibilidades na hora da crise: as crises são desencadeadas por estresse, por não conseguirem o que querem e assim por diante, como dissemos o autista não se dá muito bem com situações que fogem do controle deles. Então, nesses momentos ao invés de repreender é importante que os adultos apresentem novas possibilidades a fim de evitar uma crise.

7. Tenha paciência: não é fácil e alguns dias vão ser mais difíceis que outros, mas precisamos exercitar a paciência e a empatia entendendo como é difícil para eles  lidarem com tanta informação.

Como melhorar a qualidade de vida do autista?

Como dizemos, tudo na rotina do autista deve ser ADAPTADO para que apresentem resultados, assim sendo, para melhorar a qualidade de vida deles os responsáveis devem investir em:

Atividades lúdicas: 

Essa é a minha queridinha, as atividades lúdicas! Elas são responsáveis pelos resultados e desenvolvimento na educação infantil, tem quem pense que são’ ‘apenas ” brincadeiras. 

Na verdade, são brincadeiras que geram aprendizado, ou seja a criança aprende brincando, normalmente essa metodologia de ensino tem mais resultado que a forma tradicional de ensino.

Exemplos de atividades lúdicas:

  1. Pintura: exercita a coordenação e criatividade;
  2. Leitura: gera interação;
  3. Jogos de tabuleiro: exercita o raciocínio lógico;
  4. Massinha: auxilia no desenvolvimento intelectual;
  5. Fantoches: ajuda a criança a construir histórias;
  6. Quebra-cabeça: trabalha a paciência,  articulação lógica e os atributos visuais dos pequenos.

Esses são exemplos de atividades lúdicas que você pode fazer em casa com sua criança, os resultados serão positivos. 

 Autismo também é rosa:

Apesar do maior percentual de laudos médicos sobre autismo ser na população do sexo masculino, ainda tem aquele 1% que atinge as mulheres. Devido a isso o autismo não é somente azul, é rosa também.

Pesquisas apontam que é mais difícil diagnosticar mulheres com TEA, isso porque meninas tendem a disfarçar mais suas limitações sociais em relação aos meninos, por apresentarem a capacidade de imitar comportamentos de outras meninas da mesma idade. Elas também parecem ter menos atitudes repetitivas e restritas que os meninos no TEA, e muitas vezes a maioria das mulheres não apresentam os sintomas 100%. Todos esses fatores dificultam um possível laudo médico.

 Níveis do autismo:

O autismo é classificado em 3 níveis:

* Nível 1: popularmente conhecido como “leve”, quando o indivíduo precisa de pouco suporte,

* Nível 2: o nível “moderado”, cujo grau de suporte necessário é razoável e,

* Nível 3: conhecido como autismo severo, quando o indivíduo necessita de muito suporte. 

Conheça a Associação Guadalupe:

A Associação Guadalupe promove o Projeto Futuras Mães para atender mulheres em situação de vulnerabilidade social e emocional durante a gravidez. Essas gestantes recebem auxílio especializado de uma equipe multiprofissional, abrangendo áreas como nutrição, ginecologia/obstetrícia, psicologia, assistência social, enfermagem, odontologia, pediatria e outras. Além disso, também são oferecidas palestras sobre aleitamento materno, cuidados com o bebê e sustentabilidade.

Com patrocínio da EDP Brasil e apoio do Instituto EDP, este projeto consiste em oferecer às gestantes atendidas pela Entidade, atividades que possibilitem a geração de renda, profissionalização e aumento da autoestima. O projeto consiste em oferecer acolhimento integral transitório às gestantes em vulnerabilidade e/ou em situação de risco pessoal no ambiente onde vivem, possibilitando um período gestacional sadio.

Enfim, desde que foi gestada, a Associação Guadalupe nutre um sonho: ter uma sede própria para receber as gestantes. Um local adaptado para oferecer nosso carisma em sua plenitude. Em novembro de 2018 o primeiro passo deste sonho se tornou realidade. Através do apoio, a Prefeitura de São José dos Campos fez a doação de um terreno à entidade. Contamos com o apoio de benfeitores, esperando em Deus que essa obra seja concluída, pois será de grande valia para levar o projeto em frente, uma vez que sem ajuda não conseguimos crescer e são muitas mamães que dependem de nós.

Te convido a conhecer nosso site Associação Guadalupe e nossos projetos, além do projeto Futuras Mães, temos nosso curso técnico de designer de sobrancelhas, manicure e palestras sobre aleitamento materno.

Nossa única missão é amparar e acolher as mamães em situação de vulnerabilidade. Somos uma instituição que conta com o apoio de doadores e benfeitores que nos ajudam dia após dia nas atividades da Associação. Caso você queira ser um parceiro e doador, é só clicar no botão abaixo: