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Restrições do pós parto e como lidar com as emoções:

Sempre falamos no Blog – Associação Guadalupe o quão bom é gerar o bebê e dar a luz á ele ou ela, mas raramente falamos de pós, pós parto, as emoções, as expectativas e responsabilidades, afinal agora você é mãe.

No começo pode ser assustador, a descoberta da gestação pode ser assustadora e quando nasce mais assustador ainda. Já conversei com mamães que quando seus bebês nasciam, elas me olhavam e diziam: e agora?

Agora senta aí que vamos fazer o que sempre fazemos aqui no Blog – Associação Guadalupe te orientar e te deixar mais calma. Está tudo bem se assustar no início ainda mais quando a gravidez não é planejada, devemos pensar  adiante, no que devemos fazer depois.

Então vamos lá:

O que é pós parto?

O pós parto ou puerpério (conhecido atualmente) é o período depois que o bebê nasce, um certo dia escrevi no Blog – Associação Guadalupe nessa matéria: Amamentação e desmame sem traumas: – Associação Guadalupe o quanto o corpo da mulher muda no processo de amamentação e desmame.

O mesmo serve para o pós parto, quando o bebê nasce o corpo da mulher passa por transformações para voltar a rotina normal. E que mudanças são essas? 

As mudanças se iniciam com a  dequitação (saída da placenta) e termina com a primeira ovulação da mulher. A primeira ovulação nas mulheres que não amamentam ocorre entre 6 e 8 semanas após o nascimento do bebê. Nas mulheres que amamentam isso pode acontecer depois de 6 a 8 meses.

Essa descrição representa bem o que é o puerpério.

Quanto tempo dura o pós parto?

O pós parto é a recuperação do corpo da mulher para voltar ao que era antes de engravidar, assim sendo todo esse processo precisa de tempo e o recomendado pelos médicos e obstetras é que a mamãe respeite os 45 dias de puerpério.

O que não pode fazer no pós parto?

Algumas recomendações são exclusivas para o Parto normal e o  Parto cesárea, então vamos analisar bem o que pode ou não ser feito nesses 45 dias de puerpério.

Mas, antes devemos lembrar que ter relações sexuais antes dos 45 dias de reesguardo não é o indicado, isso porque a mulher pode sentir dor e existe o risco de infecção, já que o processo de cicatrização pós-parto ainda não está finalizado. Além disso, a produção do hormônio prolactina, que favorece a produção do leite, diminui a libido e a lubrificação vaginal.

Dirigir:

  • Parto normal- É desaconselhável no primeiro mês por atrapalhar a cicatrização do períneo, região entre o ânus e a vagina, principalmente se ele tiver sido submetido a uma episiotomia –pequeno corte para facilitar o parto normal. Caso a mulher não sinta nenhum incômodo, pode dirigir a partir de duas semanas.
  • Parto cesárea- Não costuma ser permitido no primeiro mês, porque pode atrapalhar a cicatrização das suturas abdominais. 

Atividade física:

  • Parto normal – Exercícios pesados, como corridas, são proibidos nos primeiros 45 dias, porque o esforço pode atrapalhar o processo de recuperação. Caminhadas leves, de 20 a 30 minutos, podem ser feitas após o primeiro mês. Esse tempo é variável e depende do condicionamento físico da mulher antes de engravidar. Para nadar confortavelmente, sem risco de escapes de sangue, é melhor esperar dois meses.
  • Cesárea A volta à atividade física pós-cesárea é bem mais complexa, por se tratar de um processo cirúrgico como outro qualquer. Exercícios pesados, como corridas, precisam ser evitados por três meses. Caminhadas e natação estão liberadas a partir de dois meses.

Cuidados com o cabelo:

  • Parto normal – Eles ficam enfraquecidos e costumam cair, devido à queda hormonal ocasionada pela perda da placenta. Cerca de 90 dias depois do parto, o processo atinge seu auge e, passado esse período, a tendência é que as madeixas se normalizem. Em relação às tinturas, o ideal é adiar o procedimento enquanto a mulher estiver amamentando, porque os produtos químicos podem conter amônia ou formol e são perigosos para o bebê, intoxicando-o. A pintura à base de henna não oferece risco.
  • Cesárea – As recomendações são idênticas às do parto normal e valem para todas as mulheres que amamentam.

Como lidar com o pós parto?

Como nós dissemos no início, quando a gravidez não foi planejada as surpresas e dúvidas são mais frequentes para o casal. É muito importante que ambos abracem essa insegurança, estabeleçam uma nova rotina com o bebê, e busque ajuda.

Em toda caminhada como mãe muitas vezes você vai precisar de ajuda, seja do companheiro, da amiga, da tia, da mãe, enfim ajuda sempre vai ser bem-vinda.

Tudo é questão de adaptação, com o tempo tudo melhora.

Depressão pós parto

Devido às emoções e mudança da realidade, muitas mamães podem sentir medo e ansiedade nesse processo de adaptação à nova rotina, causando a depressão pós parto.

Mulheres que sofrem dessa doença precisam de apoio profissional, mas algumas práticas também podem ajudar, são elas: 

 Fortalecer o relacionamento com o bebê

O estreitamento dos laços entre a mãe e o bebê é uma das partes mais importantes do desenvolvimento infantil — ele influencia diretamente na capacidade que a criança terá de se sentir segura para se desenvolver, comunicar e construir relacionamentos com outras pessoas.

Para se sentir mais conectada ao bebê, a mulher pode procurar reconhecer os sinais de interação emitidos pela criança, como sorrisos e choros, e responder a eles o máximo de vezes possível, sempre buscando ser carinhosa e transmitindo segurança ao pequeno. 

Contar com a ajuda de pessoas próximas

Hoje em dia, o termo rede de apoio ficou conhecido nas redes sociais, pois muitas mamães consideram a ajuda de pessoas próximas como uma rede de apoio onde você pode descansar, tirar um momento para si enquanto essas pessoas de confiança tomam as rédeas da rotina do bebê.

Oferecer uma folga para si mesma

O autocuidado e momentos de ócio ajudam bastante a aliviar o estresse e os sentimentos da depressão pós-parto. Pequenas mudanças na rotina podem ser muito benéficas para a mulher. Meditação, exercícios físicos e passeios ao ar livre, mesmo que rápidos, são práticas que podem contribuir para o bem-estar e ajudar a recarregar as energias.

Tirar um tempo para si e passar pelo menos uma hora sem se preocupar com a rotina da maternidade também pode ser uma boa opção — um banho demorado, uma refeição saborosa e uma massagem, por exemplo, ajudam a relaxar e a melhorar o astral. 

Como a Associação Guadalupe pode ajudar ?

A Associação Guadalupe oferece o Projeto Futuras Mães, que tem por objetivo cuidar de gestantes que vivem em condições sociais e emocionais desfavoráveis. Estas mulheres recebem assessoria de uma equipe multiprofissional, bem como palestras sobre o melhor cuidado para o bebê, aleitamento materno, sustentabilidade e outros tópicos.

A Associação Guadalupe atende mulheres em situação de vulnerabilidade social e emocional durante a gravidez. Essas gestantes recebem auxílio especializado de uma equipe multiprofissional, abrangendo áreas como nutrição, ginecologia/obstetrícia, psicologia, assistência social, enfermagem, odontologia, pediatria e outras. Além disso, também são oferecidas palestras sobre aleitamento materno, cuidados com o bebê e sustentabilidade.